segunda-feira, 16 de maio de 2011

Link para esquema de aula sobre a África

Queridos, segue o link para vocês acessarem o esquema de aula sobre África na Idade Média, bons estudos:

http://bit.ly/mG4Ssn

AS CRUZADAS

AS CRUZADAS
A Europa do século XI prosperava. Com o fim das invasões dos povos do norte, teve início um período de estabilidade e crescimento do comércio. Consequentemente, a população também cresceu. No século XI, a expansão do mundo islâmico estabeleceu o domínio da região da Palestina. Inicialmente, o controle territorial exercido pelos árabes ainda permitiu que a cidade sagrada de Jerusalém fosse visitada por vários cristãos que peregrinavam para lá. Contudo, nos fins desse mesmo século, a dominação realizada pelos turcos impediu que a localidade continuasse a ser visitada pelos cristãos.
Nessa mesma época, a ordenação do mundo feudal sofria graves transformações. O fim das invasões nômades e a experimentação de uma época mais estável permitiram que a produção agrícola aumentasse e, seguidamente, a população europeia também
sofresse um incremento.
Em 1095, o papa Urbano II convocou expedições com o intuito de retomar a Terra Sagrada. Os cruzados (como ficaram conhecidos os expedidores) receberam este nome por carregarem uma grande cruz, principal símbolo do cristianismo, estampada nas vestimentas. Em troca da participação, ganhariam o perdão de seus pecados.

A Igreja não era a única interessada no êxito dessas expedições: a nobreza feudal tinha interesse na conquista de novas terras; cidades mercantilistas como Veneza e Gênova deslumbravam com a possibilidade de ampliar seus negócios até o Oriente e todos estavam interessados nas especiarias orientais, pelo seu alto valor, como: pimenta-do-reino, cravo, noz-moscada, canela e outros. Movidas pela fé e pela ambição, entre os séculos XI e XIII, partiram para o Oriente oito Cruzadas.

As Cruzadas não conseguiram seus principais objetivos, mas tiveram outras consequências como o enfraquecimento da aristocracia feudal, o fortalecimento do poder real, a expansão do mercado e o enriquecimento do Oriente.

Mais do que conceder salvação àqueles que pegassem em armas, as Cruzadas também representaram uma interessante alternativa às tensões sociais que se desenhavam na Europa Medieval. A escassez de terras para a nobreza poderia ser finalmente resolvida com o domínio dos territórios a leste.
Em contrapartida, o domínio de certas regiões do Oriente Médio acabou permitindo o enriquecimento de algumas cidades comerciais que sobreviveram ao processo de ruralização da era feudal.
Dessa forma, mesmo não sendo uma solução duradoura para os problemas europeus, as Cruzadas foram importantes para a criação de um fluxo comercial que permitiu a introdução de várias mercadorias orientais no cotidiano da Europa. Além disso, o contato com os saberes do mundo bizantino e árabe foi importantíssimo para o progresso intelectual necessário para o desenvolvimento das posteriores grandes navegações.

As Cruzadas

Introdução

As Cruzadas eram expedições de cristãos para libertar a Terra Santa (atual Palestina) dos turcos (muçulmanos), e eram patrocinadas pela Igreja Católica (Papa). O nome Cruzadas é porque os cristãos teciam uma cruz nas suas roupas, simbolizando o voto prestado à igreja.


Causas
Várias foram as causas das Cruzadas:

O papa Urbano II queria reerguer a unidade católica no oriente, que decaiu com a Cisma do Oriente (1054)
Muitos acreditavam que seguindo as cruzadas, alcançariam a salvação.
Naquela época não havia parque de diversão, então, para fugir do cotidiano das grandes cidades, eles partiam para as Cruzadas
Claro, interesses comerciais nas ricas terras do oriente.
Como hoje, o papa e outras “santidades”, como Pedro o Eremita, tinham grandes poderes de influenciar o povo. Eles reuniram grandes multidões, de maioria pobre e miserável, para organizar uma Cruzada, chamada de Cruzada Popular. Conseguiram chegar em Constantinopla, mas com poucos recursos, cansados. Quem não gostou disso foi o imperador bizantino Aleixo Commeno, que incentivou os cruzados à atacar os infiéis, resultado: uma tremenda carnificina, quase todos os cruzados morreram. Depois disso, a cruzada ficou conhecida como Cruzada dos Mendigos.

Outra cruzada, desta vez formada por senhores feudais, condes, duques, etc, partiu para a Terra Santa, com o apoio dos Bizantinos. Com todo o poderio econômico e militar unidos, foi fácil conquistar Jerusalém, em 1099. Essa conquista custou milhares de vidas de judeus e muçulmanos. Nas terras conquistadas foram criadas o Reino de Jerusalém, Condado de Edessa, Condado de Trípoli e Principado de Antioquia . Mas logo essas terras ficaram precárias, em razão das constantes batalhas travadas por muçulmanos e os nativos contra os cristãos. Para tentar se manter nas regiões conquistadas, os cristãos criaram duas ordens: os Templários e os Hospitalários:
Templários: formar um exército para controlar os novos domínios, para isso, deveriam construir fortalezas, fossos, muros, etc. Também se juntou à ordem uma milícia de monges cavaleiros.
Hospitalários: como o nome já diz, criaram estabelecimentos para acolher os peregrinos mais pobres, construíram hospitais. Um tempo depois, formaram um exército para defender o Santo Sepulcro.
Em vista das seguidas derrotas dos cristãos na Terra Santa, foi organizada mais uma cruzada (Segunda Cruzada): Luís VII e Conrado III (França e Alemanha) foram os líderes. Foi apenas mais uma derrota.

A retomada de Jerusalém
No ano de 1187, tropas de muçulmanos comandados por Saladino rumaram para Jerusalém, e a reconquistaram facilmente. Saladino foi gentil com os cristãos, evitou o massacre de milhares de pessoas.

Em 1189 foi organizada a Terceira Cruzada, comandada pelo rei da Inglaterra Ricardo Coração de Leão, o rei da França Filipi Augusto, e o imperador alemão Frederico Barba-Ruiva (Barba-Roxa). Esta Cruzada começou dando certo, mas logo os problemas chegaram. Frederico se afogou num rio na Síria, Filipe Augusto tomou o Acre e voltou pra França. Ricardo Coração de Leão ganhou de Saladino duas vezes, mas não conseguiu tomar Jerusalém. Então, Saladino e Ricardo fizeram um acordo, que permitia a entrada de cristãos para fazerem suas peregrinações na Terra Santa. Ricardo voltou logo pra Inglaterra, pois seu irmão estava tentando derrubá-lo e tomar o poder. Foi preso no caminho, na Áustria, e sua mãe teve de pagar o resgate. Retomou o poder, mas em 1199 foi morto quando combatia um vassalo insubmisso.

A Quarta Cruzada (1202-1204) teve seu rumo desviado pelas influências dos comerciantes venezianos, foram para Constantinopla, que foi tomada e saqueada. Algumas partes da cidade ficaram sob domínio cristão até 1261.

A Cruzada das Crianças foi outro fracasso, no ano de 1212. Os cristãos acreditavam que as crianças de alma pura poderiam reaver o Santo Sepulcro. Eram milhares delas. A maioria morreu de fome, frio, ou foram sequestradas para serem vendidas como escravas.

Outro fracasso foi a Quinta Cruzada (1217-1221), comandada por André II, rei da Hungria, e Leopoldo VI, duque da Áustria.

Entre 1228 e 1229 aconteceu a sexta cruzada, liderada por Frederico II, imperador alemão. Desta vez usaram a diplomacia para consequir o que queriam: os turcos entregaram as cidades de Jerusalém, Nazaré e Belém. Mas elas logo foram retomadas pelos muçulmanos.

A sétima cruzada (1248-1254) e a oitava cruzada foram comandadas por Luís IX, rei da França, que de tanta piedade que teve dos muçulmanos acabou virando santo, conhecido hoje por São Luís. Na sétima cruzada, Luís foi derrotado, acabou preso e seus compatriotas tiveram de pagar uma pesada fiança para livrá-lo. Na oitava cruzada, Luís atacou a cidade de Túnis, no norte da África, mas morreu lá em razão de uma forte dor de barriga.

Resultados
Entre os resultados que as cruzadas tiveram, podemos citar:
- Aumento do comércio ocidente-oriente.
- A burgueria européia ficou mais rica, às custas dos nobres e cavaleiros que foram às cruzadas.
- Com tanto movimento de pessoas, as cidades e o comércio entre elas se desenvolveram.
- Alguns dos costumes orientais foram incorporados ao ocidente.
- Produtos novos orientais foram trazidos para a europa, como Arroz, Canela, pimenta, cravo, açúcar, algodão, café e perfumes.
- A intolerância aos judeus na europa cresceu, havendo muitos massacres.

domingo, 8 de maio de 2011

População de classe média representa um terço da África

Estudo do Banco de Desenvolvimento Africano mostra que 300 milhões de pessoas pertencem a essa categoria

Crescimento econômico faz aumentar a venda de carros, motos, celulares e eletrodomésticos no continente mais pobre




DA REUTERS

O crescimento econômico robusto visto na África nos últimos dez anos levou a classe média do continente a crescer rapidamente, chegando a formar um terço de sua população de um bilhão de habitantes, revela um estudo divulgado na última sexta-feira.
O relatório, feito pelo AFDB (Banco de Desenvolvimento Africano), concluiu que hoje 313 milhões de africanos podem ser considerados de classe média, contra 151 milhões em 1990 e 196 milhões em 2000.
Os números constituem mais uma prova do crescente peso consumidor do continente que ainda é o mais pobre do planeta.
Mas o AFDB relativizou suas constatações, dizendo que 60% da classe média "mal saiu da categoria dos pobres".
"As vendas de geladeiras, televisores, telefones celulares, motores e carros aumentaram nos últimos anos em virtualmente todos os países", segundo o relatório do banco.
Como exemplo, o documento citou um aumento de 81%, desde 2006, nos carros e motocicletas em Gana, cuja economia pode crescer até 12% neste ano em função do início da produção comercial de petróleo, em dezembro.
O país, no oeste africano, é considerado um modelo de estabilidade e democracia num continente frequentemente marcado pela turbulência política.
A África do Sul, de longe a maior economia do continente, fica no topo da lista em termos de propriedade de automóveis, com 300 veículos para cada mil pessoas em 2007 -mais que o dobro do número registrado cinco anos antes.
Os africanos de classe média normalmente possuem casa própria, optam por convênios médicos particulares em lugar da assistência médica pública e gastam mais com alimentação e ensino para seus filhos, de acordo com o estudo.
Tunísia, Marrocos, Egito e Argélia, todos países do norte da África, se saíram melhor na avaliação geral: mais de 75% de suas populações são classificadas como sendo de classe média.
Entre os países subsaarianos, o Gabão e Botsuana, ambos ricos em recursos naturais (petróleo e diamantes, respectivamente), foram os primeiros colocados.
Na Nigéria e na Etiópia, os dois países mais populosos do continente -sua população conjunta é de 230 milhões de habitantes-, a classe média compõe cerca de 22% da população.

CLASSE MÉDIA
NA ÁFRICA

313 milhões
estão na classe média
Ao menos 117 milhões saíram da pobreza desde o ano 2000

60%
da classe média
"mal saiu da categoria dos pobres", segundo banco

75%
da população
Está na classe média na Tunísia, no Marrocos, no Egito e na Argélia. Países do norte do continente são os mais bem colocados na classificação

300
carros por 1.000 habitantes
África do Sul lidera ranking dos proprietários de veículos